sábado, 25 de janeiro de 2014

Cabeçadas e Embocaduras

Cabeçadas e Embocaduras

As cabeçadas são feitas de tiras de coro que são colocadas na cabeça do cavalo e servem para segurar a embocadura – ferro usado na boca dos cavalos – de onde saem as rédeas. As embocaduras podem ser dos cinco tipos seguintes:

                       





Bridão(snaffle)
Tem vários tipos de fins, mas são mais usadas nos desportos hípicos. É leve e articulada no centro, pressionando os cantos da boca;

Bridão de Roller (Snaffle de Roletes), que impede que o cavalo "tome o freio dos dentes"



Freio(bit)
 É utilizado em cavalos de boca mais dura, pois é mais forte e possui hastes laterais com comprimento variável, fazendo mais pressão quanto maior for as hastes, formando uma alavanca mais forte com a barbela; obriga a montaria a baixar a cabeça pois actua sobre o palatino;
Freio dito Hunloko ou globo-chook, é usado com rédias simples



Pelham
Reúne as funções do freio e do bridão; é utilizada com quatro rédeas actuando as duas inferiores como freio e as duas superiores como bridão, formando com a barbela uma alavanca;

Tipo de Pelham que tem um bocado macio, de vulcanite (ebonite), usa-se com quatro rédias e barbela.



Dupla Embocadura
 Usa-se simultaneamente com o bridão e com o freio e com quatro rédeas. É utilizado principalmente no adestramento;


Bridão, (Snaffle) do tipo Magenis, com roletes no bocado para maior controle.



Hack More
 Actua fora da boca do cavalo fazendo pressão no nariz; é de metal e forma uma alavanca ligada a barbela. O controlo do cavalo deve ser equilibrado sem movimentos bruscos, pois é um sistema potencialmente severo. É usado principalmente no Oeste American

Bridão com barras faciais fixam a posição do bocado na boca do animal; as "chaves" encorajam o cavalo a insalivar.


Selas e Estribos

As primeiras Selas, serviram de modelo para as contemporâneas, foram feitas nos primeiros anos da era cristã por uma tribo nómada da zona do mar negro e eram feitas com armação de madeira. Agora são utilizadas tiras de madeira mas são reforçadas com placas de metal ou então são substituídas por plástico.


Sela Portuguesa:
Podem ser utilizadas para quase todos os fins (Toureio, Passeio, Aulas de Equitaçao). Para o seu fabrico é utilizado o coro de porco e tiras de metal que estão ao comprido sobre a armação de modo a dar mais elasticidade.


Sela de utilidade geral (inglesa ou húngara):
Podem ser utilizadas para todos os fins (salto, corridas cross country, caça, aulas de equitação etc). Para o seu fabrico é utilizado o coro de porco e tiras de metal que estão ao comprido sobre a armação de modo a dar mais elasticidade.
Selas Western:
São selas que foram levadas para a América pelos espanhóis e que lá foram adaptadas às necessidades dos cowboys. Estas selas pesam o dobro das inglesas mas podem ajustar-se a quase todos os cavalos sem risco de magoá-lo, são confortáveis para percursos longos e tem espaço para todos os objectos que os vaqueiros costumam trazer consigo.
Selas especiais:
São selas que são feitas com fim específico. Há selas para os saltos, que são cortadas rentes na parte dianteira e mais leves; selas para adestramento, que tem um corte no suadouro, permitindo alongar a correia dupla do estribo. Existem ainda selas para aulas, para percursos longos, para shows e para corridas (pesam cerca de 450gr).

 Como escolher a melhor sela:
Utilização: lazer, trabalho ou desporto?
Uma sela para passeio pode ser mais simples e leve, enquanto aos adeptos de romarias e desfiles preferem modelos mais ornamentados.
Tipo racial e conformação do cavalo:
As medidas da sela precisam corresponder à anatomia do animal. Selas grandes ou pequenas demais causam machucados e até inutilização do cavalo, além de provocarem nele atitude rebelde, podendo fazê-lo empinar ou corcovear.
Altura e medidas do cavaleiro:
Os bons fabricantes oferecem medidas de selas adequadas para crianças e adultos; também há variações de acordo com o peso e as medidas do usuário. Conforto e segurança são essenciais para se poder cavalgar com segurança.
Boas Selas:
"Seus suadouros se apoiam uniformemente na musculatura dorsal do cavalo; Os estribos são fixados numa posição que possibilita a boa colocação de perna do cavaleiro, na vertical como se ele estivesse de pé com as pernas ligeiramente flexionadas; Tem os loros feitos de uma tira de couro forte e inteiriça, sem ser emendada por costuras; É feita de couro resistente a estiramento excessivo ou desgaste precoce; Tem as ferragens confeccionadas em metal inoxidável; Suas barrigueiras ou cilhas tem, espessuras e acabamento que evita assaduras no cavalo".

Partes da sela:

Patilha (encosto):
A altura e inclinação também variam bastante. Se for muito inclinada, deslocará o assento para traz, se for alta e pouco inclinada ocasionará desconforto no coquis. O ideal é altura e inclinação moderada.

Assento:
O assento da sela deve tender ao dianteiro, ser fundo e confortável, o coreto é o peso do cavaleiro ser direccionado para a região dorsal, para não pressionar o lombo, onde estão localizados os rins, órgãos muito sensíveis.

Suador:
Parte inferior da sela, que apóia sobre o suador externo. O suador tem um enchimento que atua como amortecedor, podendo ser de capim, lã ou poliéster. Sem esta proteção, os atritos diretos resultam em pisaduras, que são lesões abertas que se desenvolvem ao longo da Cernelha, Dorso e/ou Lombo, sendo de difícil cicatrização. Se o cavalo é volumoso em sua região torácica, exigirá uma sela de suador mais aberto, no caso inverso, exigirá uma sela de suador mais fechado. A sela deve ser bem posicionada para não limitar os movimentos das espáduas (a partir do meio da Cernelha).

Armação:
É a estrutura da sela, podendo ser de ferro (torna a sela mais pesada), de aço, de madeira (peso moderado), ou de fibra (torna a sela mais leve).

Estribos:
Serve de apoio para os pés, evitando que estes balancem com os deslocamentos do cavalo. A forma dos estribos varia, sendo ideais os estribos em forma de sino, porque não prendem os pés com a facilidade dos estribos redondos, o que seria perigoso no caso de quedas, proporcionam melhor apoio, principalmente se a base é larga e revestida em borracha. Uma base larga é necessária nos estribos de selas para Enduro, atividade onde há mais chances do cavaleiro perder o apoio nos estribos. Um tipo especial de estribo é o "salva-vidas", de base móvel. O material que se utiliza para a fabricação dos estribos pode ser o aço inoxidável, metal, ferro, ou alumínio.

Loros:
São as peças de couro que sustentam os estribos, sendo presos na armação da sela através de argolas.

Barrigueira e Cilha:
A barrigueira, é uma peça que passa pela barriga do cavalo, tendo a finalidade de ajustar a sela. A cilha é uma peça mais estreita, que passa pela região do Cilhadouro, logo atrás do Codilho.

Ferração

Na rotina do tratamento do seu cavalo não deve esquecer-se dos cuidados a ter com os cascos, pois são essências para mantê-lo saudável. Desde os seus primeiros anos o cavalo deve ser inspeccionado por um ferrador de 6 em 6 semanas, mesmo que seja somente para aparar os cascos. Em caso de o animal precisar de usar ferraduras, para tornar o trabalho mais confortável, estas também deverão ser tiradas num período de 6 semanas para que os cascos sejam aparados.
O dono do cavalo deve limpar os cascos pelo menos um vez por dia e verifica-los assim como as ferraduras para, se necessário contactar o ferrador. Deve também saber retirar uma ferradura solta para agir em casos de emergência, deve fazê-lo do seguinte modo:

          . Levantar o casco e, utilizando um saca-rebites, cortar as pontas dos cravos que estão dobradas para fora;
          . Usar a turquês para separar a ferradura do casco, começando do talão (atrás) para a pinça (frente);
          . Agarrar a ferradura a frente e arrancá-la com a turquês puxando para trás.

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