sábado, 25 de janeiro de 2014

Ainda existem cavalos selvagens ?

Ainda existem cavalos selvagens ?

Sim, mas apenas em jardins zoológicos e em reservas controladas. A única espécie ainda existente dos antigos cavalos selvagens, que por milhares de anos habitaram a Terra, é o cavalo de Przewalski (Equus przewalski). Ele habitava as isoladas montanhas da Mongólia, na Ásia, e só foi descoberto por volta de 1870 pelo explorador russo Nikolai Przewalski. Ao contrário das outras raças, que passaram a ser domadas há mais de 5 mil anos, esse animal nunca sofreu domesticação. Comparado ao cavalo comum, o de Przewalski é mais baixo - mede entre 1,22 e 1,47 metro de altura contra 1,50 a 1,60 metro das outras espécies. 
Em meados do século XX, esse animal raríssimo quase foi dizimado por caçadores interessados em sua carne, mas grupos preservacionistas europeus conseguiram evitar o pior. Um acordo entre entidades ambientalistas, com o World Wildlife Fund (WWF) à frente, e o Parque Nacional de Cévennes, no sul da França, criou o projeto Takh - palavra da língua mongol que significa exatamente "cavalo selvagem".
Graças ao projeto, centenas de cavalos de Przewalski foram levados para o parque francês, onde são mantidos numa área de 300 hectares, sem o menor contato com humanos e nas condições mais naturais possíveis. A intenção dos ambientalistas é um dia poder reintroduzi-los em seu hábitat natural.


Mitos sobre o cavalo branco -


O cavalo branco na Índia
Antigamente, na Índia, sacrificava-se um cavalo branco com o objectivo de assegurar a prosperidade do reino. Soltavam o cavalo branco mais belo do reino para nordeste. O príncipe herdeiro e alguns guerreiros jovens deviam seguir todos os seus passos durante um ano.

Eles deviam preservar a sua liberdade, e sobre tudo, impedir que emprenhe alguma égua. Encarnação do sol, a sua corrida era sagrada e os territórios atravessados pertenciam ao soberano.
Passado um ano, o cavalo voltava ao ponto de partida (empurrado pelos cavaleiros) na hora da sua morte. Este ritual solar era praticado ao fim de um reinado, com o objectivo do soberano transmitir ao seu filho mais velho a sua glória e o seu território.
Mitos do Cavalo Branco
Os cavalos brancos na Pérsia
Os Persas atribuíram um papel religioso importante aos cavalos brancos. Os habitantes de Cilicia tinham que dar um cavalo por dia ao rei da Pérsia, que era a encarnação de Mithra, o deus da Luz e o dono dos pastos. Mithra conduzia um carro puxado por quatro cavalos brancos imortais. Os cavalos brancos eram sacrificados num culto dedicado a este Deus.Os cavalos brancos na China
Na China, venerava-se as éguas brancas de Kubilay Khan, neto de Gengis Kan e primeiro imperador Chinês, fundador da dinastia Yuan.
No momento da festa branca da Primaveira, os chegados de Khan reuniam mil éguas para uma brancura imaculada. Quando essas éguas passavam através do país, ninguém se atrevia a atravessar o caminho. Fazê-lo era considerado uma profanação. Apenas o “filho do céu” e seus parentes mais próximos podia beber o leite das éguas sagradas.
Os Celtas
Os Celtas também honravam os cavalos. Na sua morte, os cavalos não eram comidos nem abandonados para que os abutres ou predadores os comecem, mas sim eram sepultados
Os cavalos brancos foram consagrados, em particular as éguas como símbolos da fertilidade. Os chefes participavam em rituais de fecundidade com éguas brancas com o fim de trazer prosperidade ao seu povo.
Como podemos ver, o cavalo branco desempenhou um papel importante nas diferentes culturas ao longo da história.



cavalos-

O cavalo (do latim caballu) é um mamífero hipomorfo, da ordem dos ungulados, uma das sete espécies modernas do gênero Equus. A denominação para as fêmeas é égua, para os machos não castrados, garanhão e para os filhotes, potro. Esse grande ungulado é membro da mesma famíliados asnos e das zebras, a dos equídeos. Todos os sete membros da família dos equídeos são do mesmo gênero, Equus, e podem relacionar-se e produzir híbridos, não férteis, como asmulas.Pertencem a ordem dos perissodáctilos no qual fazem parte rinocerontes e antas (tapires). Os cavalos têm longas patas de um só dedo cada.

Esses animais dependem da velocidade para escapar a predadores. São animais sociais, que vivem em grupos liderados por matriarcas. Os cavalos usam uma elaborada linguagem corporal para comunicar uns com os outros, a qual os humanos podem aprender a compreender para melhorar a comunicação com esses animais. Seu tempo de vida varia de 25 a 30 anos.


cavalos -

Os cavalos (Equus caballus) são perfeitamente adaptados a diversos desportos e jogos, como corrida, pólo, provas de ensino ou equitação, ao trabalho e até à equoterapia (recuperação da coordenação motora de certos deficientes físicos).

O cavalo teve, durante muito tempo, um papel importante no transporte; fosse como montaria, ou puxando uma carruagem, uma carroça, uma diligência, um bonde, etc.; também nos trabalhosagrícolas, como animal para a arar, etc. assim como comida. Até meados do século XXexércitosusavam cavalos de forma intensa em guerras: soldados ainda chamam o grupo de máquinas que agora tomou o lugar dos cavalos no campo de batalha de "unidades de cavalaria", algumas vezes mantendo nomes tradicionais (Cavalo de Lord Strathcona, etc.)


cavalos -



Como curiosidade, a raça mais rápida de cavalo, o famoso thoroughbred (puro sangue inglês) alcança em média a incrível velocidade de 17 m/s (60 km/h).

evolução do cavalo

evolução do cavalo

Ficheiro:Horseevolution Português.png

Raças-

mais conhecidas

  • Andaluz
  • Alter-Real
  • Árabe
  • Arabo-Friesian
  • Appaloosa
  • Berbere
  • Bolinhês
  • Brabantino
  • Bretão
  • Brasileiro de Hipismo
  • Cavalo campolina
  • Clydesdale
  • Crioulo
  • Holsteiner
  • Mangalarga Paulistina
  • Mangalarga Marchador
  • Morgan
  • Oldenburg
  • Paint Horse
  • Pampa
  • Pantaneiro
  • Paso
  • Pônei
  • Pônei brasileiro
  • Puro Sangue Inglês (ou PSI)
  • Puro Sangue Lusitano
  • Quarto-de-Milha
  • Shire
  • Sela Francesa ou Selle Français
  • Sorraia
  • Friesian
Características de algumas raças ou tipos

raça- 
Shetland
altura (cm)-
81-102
peso (kg)-
200-225

raça-
Pônei brasileiro
altura (cm)-
100-110

raça-
Galloway
altura (cm)-
142-152
pesso (kg)-
275-400

tipo-
Pônei (pequeno)
altura (cm)-
102-122
peso (kg)-
225-350

tipo-
Pônei (grande)
altura (cm)-
132-142
peso (kg)-
250-360

tipo-
Lightweight hack
atura (cm)-
152-163
peso (kg)-
350-500

tipo-
Heavyweight hack
altura (cm)-
163-173
peso (kg)-
450-600

tipo-
tração
altura (cm)-
163-183
peso (kg)-
550-800

Curiosidades sobre Cavalos

painthorse.jpg

Evolução-
  • Os cavalos e as zebras fazem parte da mesma família. Alguns cavalos apresentam mesmo listas na parte inferior das patas e mais raramente no dorso, exemplo disso é o Sorraia.
  • A família à qual pertence o cavalo chama-se “Equus” que significa veloz em grego.
  • O antepassado mais longínquo do cavalo não tinha mais de 20 cm. Tinha também três dedos nas patas da frente e quatro nas patas de trás, em vez de um casco.


Anatomia-

  • Os cavalos têm dois ângulos de visão “mortos”. Um localizado directamente à frente e outro directamente atrás.
  • As crias dos cavalos conseguem sustentar-se nas patas após uma ou duas horas do nascimento.
  • Os cavalos não conseguem respirar pela boca.
  • Os cavalos estão “desenhados” para galopar e não para saltar. No estado natural, os cavalos tendem a contornar os obstáculos. 
  • Os olhos dos cavalos estão entre os maiores dos mamíferos terrestres.
  • Os cavalos dormem a maior parte do tempo em pé. Estes animais têm um mecanismo nas pernas (tendões e ligamentos) que os permite estar a em pé sem utilizarem os músculos. Para entrar em fases mais profundas do sono, os cavalos têm de se deitar.
  • Para os cavalos é mais confortável estar de pé do que deitados, isto porque quando estão deitados fazem pressão sobre os órgãos internos.

Sentidos-

  • Os cavalos conseguem ver cores.
  • Os cavalos têm um apurado olfacto. Conseguem mesmo "cheirar" feromonas.
  • As apresentações entre os cavalos fazem-se nariz-com-nariz.
  • Os cavalos comunicam através de sons e também expressões faciais, utilizando as narinas, as orelhas e os olhos.
  • Os cavalos são extremamente sensíveis ao movimento. Por isso é que se encontram nervosos nos dias ventosos, para eles tudo está em constante movimento.
  • Os cavalos têm uma excelente audição e conseguem virar as orelhas em 180 graus para melhor captar os sons.
  • Os cavalos conseguem sentir uma mosca a posar na sua pele e usam os músculos que têm por todo o corpo para as espantar.
Números-

  • A população mundial de cavalos está estimada em 75,000,000.
  • Um cavalo dorme várias vezes por dia durante apenas alguns minutos. Um adulto dorme em média 3 horas por dia enquanto um potro tende a dormir mais vezes, durante mais tempo e mais profundamente.
Consumos-

  • O cavalo necessita em média de beber 50 litros de água por dia. Isto dá 4 litros de água por dia por cada 50 quilos.
  • Um cavalo come em média 10 kgs de feno por dia. Um cavalo necessita de ingerir em média 1 a 2 % do seu peso em comida.
Raças-

  • Existem mais de trezentas raças de póneis e cavalos.
  • Falabella é a raça de póneis mais baixa, não excedendo os 65 cm.
  • O Shire é a raça mais alta de cavalos, podendo ultrapassar os 180 cm.
  • O Lusitano, o Alter Real e o Sorraia são raças portugueses.
Os humanos e os cavalos-

  • Equinofobia e Hipofobia é o medo de cavalos
  • As estátuas equestres têm diferentes significados conforme a posição do cavalo: se o animal se apresenta com as duas patas no ar, a pessoa que o monta foi morta em batalha, se apresenta uma, foi ferida, e se tem as quatro pousadas no chão, a pessoa morreu de causas naturais.
  • As unhas do homem e a parte exterior do casco do cavalo são feitos do mesmo material.
  • O cavalo é especialmente sensível ao tacto na área da cabeça, sendo que em termos de sensibilidade, os lábios do cavalo correspondem à ponta dos dedos humanos.
Superstições-

  • As ferraduras dos cavalos dão sorte se estiverem penduradas com as pontas voltadas para cima.
  • Os cavalos pretos têm um temperamento mais rebelde.

raças de cavalos

ÁRABE (O Filho do Vento)




É a raça equina mais antiga do mundo. Sua origem perde-se na noite dos tempos. Os mais remotos registos da sua presença foram encontrados na câmara mortuária do Faraó Pihiri, que viveu no século XX a. C.
Criação: Sempre criado pelos beduínos do interior da península arábica com fervor, porque eles sabiam que os animais extremamente rústicos sobreviviam às agruras do deserto com temperamento excessivamente quente de dia e noites muito frias no regime de pouca agua e quase nenhum alimento. A sua resistência às intermináveis deslocações das tribos à procura de novas pastagens é outra característica pela qual são universalmente reconhecidos. Foi usado desde tempos imemoriais pelos beduínos como meio de transporte, na caça e nas constantes guerras intertribais, sendo a mais veloz das raças equinas em estado natural. Dócil e obediente, a sua beleza física inspirou poetas, pintores e escultores desde tempos antigos. A sua resistência e rusticidade tornou a montaria de generais famosos como Alexandre O Grande, Napoleão Bona Parte, Reis e Príncipes.
Características: É o mais harmonioso dos cavalos. A sua silhueta e inconfundível. Cabeça pequena, sempre alta, com perfil ligeiramente côncavo; olhos redondos, grandes e vivos; pescoço longo finamente arqueado; espáduas inclinadas, lombo curto, garupa quase horizontal, cauda alta com fios sedosos e longos, quando em movimento estes elevam-se até a vertical. Pernas fortes, boa musculatura, andar largo e cascos duros como marfim. A sua aparência geral exala força e vitalidade. Ao contrario das outras raças que possuem dezoito costelas, seis vértebras lombares e dezoito vértebras na cauda, o Árabe tem, respectivamente, dezassete – cinco – dezasseis. Ele e o PSI são criados em todos os países do mundo e os stud books são aprovados e dirigidos pela WAHO (World Arab Horse Oraganization), ao qual Portugal também filiado.
Altura: Entre 1,47 e 1,57m.
Cores: Tordilho, Castanho, Alazão, Preto.
Usos: Sela, Corridas, Saltos de obstáculos, lida do gado, lazer e circo.

APPALOOSA




O gene que faz o cavalo sarapintado é tão antigo quanto o próprio equídeo (havia cavalos malhados na China e na Pérsia), mas o crédito pela criação de uma raça distintiva pela sua pelagem cabe modernamente aos índios Nez Persé da América do Norte, que vivem no noroeste do actual estado do Oregon. As suas terras incluíam o vale do rio Palouse, que foi o rio que deu  nome aos cavalos.
Criação: A raça desenvolveu-se no século XVIII, com base nos cavalos trazidos pelos espanhóis. Nesse lote havia exemplares de pelagens sarapintadas descendentes remotos de cavalos da África Central. Os Nez Persé, que eram grandes criadores de cavalos, praticavam rigorosas políticas selectivas. Finalmente obtiveram um cavalo capacitado para qualquer trabalho, de aspecto inconfundível, além de essencialmente pratico. Em 1877, a tribo e a sua bela manada quase foram exterminados quando o governo da união ocupou as reservas. Todavia em 1938, com a formação do Appaloosa Horse Club, em Moscow, Idaho, a raça começou a renascer das cinzas. O seu registo é hoje o terceiro mais numeroso do mundo.
Características: Appaloosa moderna é reprodutor, mas também animal de competição (corridas e saltos) pela consistência, vigor e boa índole. Há cinco pelagens oficiais da Appaloosa: Blanket (cobertor), marble (mármore), leopard (leopardo), snowflake(floco de neve) e frost (geada).
Influências: Espanhol: Acrescentou força, resistencia, adaptabilidade – e a pelagem mosqueada.
Altura: Entre 1,47 e 1,57m.
Cores: Sarapintado
Usos: Sela

ANGLO-ÁRABE




O Anglo-Árabe é uma raça resultante da mestiçagem do Árabe e de seu descendente, o PSI (Thoroughbred), que combina as melhores qualidades dessas raças de elite. Do Árabe espera-se que ele herde a resistência, a versatilidade, a frugalidade no trato e os cascos densos; do PSI a estatura maior e a velocidade. De ambos a habilidade atlética para os esportes hípicos.
Criação: A raça originou-se e aperfeiçoou-se na França, onde os Anglo-Árabes são criados sistematicamente desde os tempos napoleônicos nas grandes coudelarias do sudoeste, em Pau, Pompadour, Tarbes e Gelos desde o ano de 1800. Os primeiros Anglo-Árabes são o cruzamento de éguas PSI com os garanhões Árabes (nunca o inverso), importados do Egito por Napoleão Bonaparte e seus generais. Já em 1836 a criação francesa era famosa, tornando-se necessário a introdução de novas linhagens par refrescamento do sangue. Foram importados dois magníficos Árabes do oriente próximo Massoud e Aslan e três éguas PSI Dair, Common Mars e Selim. Por volta de 1850 a raça foi considerada formada e os cruzamentos com Árabes ou PSI puros passaram a ser cortados.
Características: Na aparência o Anglo_Árabe tende mais para o PSI. Sua fronte é recta (e não côncava como o Árabe), e sua estatura elevada. Os ombros são inclinados e fortes, as perlas longas e bem formadas com ossatura e cascos de boa qualidade, bons pulmões e excelente coração. São versáteis cavalos de sela, prestando-se para corridas em hipódromos, provas se salto de obstáculos, adestramento clássico e pólo. Na França os Anglo-Árabes têm corridas especiais, e seu stud book não aceita produtos com menos de 25% de sangue Árabe ou Thoroughbred.
Influências: Thoroughbred: Colaborou com tamanho, decisão, galope e potencial competitivo. Árabe: Solidez, vigor, resistência e temperamento calmo.
Altura: Varia entre 1,62 e 1,67m.
Cores: Tordilho, Castanho, Alazão  
Usos: Sela, Desportos hípicos


sábado, 22 de Janeiro de 2011

ANDALUZ (ESPANHOL


O moderno Andaluz descendente do cavalo Espanhol, o qual, como o Árabe e o Berbere, teve a maior influência sobre a população equina do mundo. Até o século XIX, o cavalo Espanhol era considerado o melhor da Europa. Toda a equitação clássica das escolas do Renascimento se baseava nele. A famosa escola de equitação de Viena é chamada ‘Espanhola’ em sua honra (spanische Reitschule), e seus famosos Lipizzaners brancos descendem directamente de cavalos exportados da Espanha para Lipica, na Eslovénia, no século VI. O cavalo Espanhol teve influências dominante em quase todas as raças e é a base da maior parte dos cavalos existentes na América Latina.
Criação: Na Anadaluzia, a criação está centrada em Jerez de la Frontera, Córdoba e Sevilha, onde foi preservada pelos mosteiros cartuxos. O cavalo Espanhol pode ter derivado de uma mistura do nativo Sorraia com o Tarpan e com os Berberes trazidos pelos mouros do norte da África.
Características: O Andaluz é um cavalo de grande presença. Embora não seja muito veloz, é ágil e atlético. Tem uma cabeça de extraordinária nobreza, o perfil característico, dito ‘de falcão', crina e cauda longa, luxuriantes, e, com frequência, aneladas.
Influências: Berbere: Responsável principal pelo ardor, bravura, robustez e grande agilidade. Sorraia: Fundamento ‘primitivo’ da raça, deu-lhe força e notável resistência.
Altura: Média é cerca de 1,57m.
Cores: Tordilho, Castanho, Alazão  
Usos: Sela, Touradas, Adestramento, Shows

raças de cavalos

PAINT HORSE (PINTO)


A duas sociedades nos EUA para este tipo de cavalo – a Pinto Horse Association e American Paint Horse, ambas sedeadas em Fort Worth, Texas. A Pinto Horse Association registra qualquer espécie de cavalo que preencha seus requisitos de cor. Ela classifica-os em stock type (reprodutor estabulado), hunter (caçador), pleasure type(de estemição), saddle type (de sela). American Paint Horse Association registra reprodutores com sangue de Paints, Quarter Horse, Thoroughbreds.
Criação: O Pinto descende dos cavalos espanhóis trazidos para a América no século XVI. Até aos séculos XVIII e XIX, uma linhagem de cavalos pampas ou pintados, derivados de sangue espanhol, ainda existia na Europa. O nome ‘pinto’ vem dos espanhol pintado, que se tornou, para os comboys do Oeste americano, paint. Cavalos com mais de uma cor ou mosqueados eram também chamados de Calicos.
Caracteristicas: São dois os tipos de coloração: ovaro, e tobiano. Ovaro é a pelagem com a cor básica de acompanhada de grandes manchas brancas irregulares; Tobiano é a pelagem de fundo branca com grandes irregularidades de cor. É difícil dar ao Pinto status de raça, no sentido tradicional da palavra devido à falta de consistência do tipo e do tamanho. É mais uma pelagem.
Influencias: Atributos físicos, bem como os diversos tipos de coloração.
Altura: Entre 1,52 e 1,62m.
Cores: Compostas 
Usos: Sela

ORLOV TROTTER


Antes da revolução de Outubro, a criação de cavalos estava nas mãos da aristocracia latifundiária. O notável criador Conde Alexei Orlov criou o Orlov Trotter no seu haras de Kherenov. Embora destinado às corridas, o Orlov foi também criado como cavalo de carruagem e a auxiliar na agricultura.
Criação: O Conde Orlov começou o seu programa de criação em 1778, cruzando um reprodutor árabe de cor branca, Smetanka com uma variedade de éguas. Polken I, descendente direito de Smetanka e filho de uma égua dinamarquesa Warmblood foi acasalado com uma égua holandesa Warmblood, de cor russa gerando Bars I (1784), o fundador da raça Orlov. Bars I foi, cruzado com éguas árabes, dinamarquesas, holandesas e inglesas mestiças. Consegui-se o tipo desejado por endogamia com o próprio Sir fundador. Corridas e avaliações sistemáticas de desempenho aperfeiçoaram a raça. Orlovs foram também cruzados ocasionalmente com Standardbreds para obter Russian Troters, mais velozes porém menos úteis.
Características: O Orlov é um cavalo alto de compleição leve, é musculoso e muito bem proporcionado.
Influências: Norfolk Trotter: Transmitiu uma constituição robusta e excelência do trote. Árabe: Usado para refinar a ‘matéria prima’ rústica, de utilidade agrícola. Holandês: Porte substância índole tranquila e estável. Thoroughbred: Maior capacidade física, melhor acção e velocidade.
Altura: Cerca de 1,62m.
Cores: Tordilho, Castanho, Negro 
Usos: Sela, Tiro

MORGAN


O Morgan tem uma peculiaridade: a raça nasceu de um único reprodutor excepcionalmente prepotente, que se chamou, de início, Figure, mas ficou depois conhecido pelo nome do seu segundo dono, o professor Justin Morgan, que o recebeu em pagamento de uma dívida (1975). Cavalo de passeio e, cada vez mais, de competição, de sela e de tiro por igual, o Morgan foi, até a mecanização, o cavalo de remonta do exército americano. Uma estátua  de Justin Morgan na Morgan Horse Farm da universidade de Vérmont, é um memorial permanente a um dos mais extradionários cavalos do mundo.
Criação: O garanhão que fundou a raça nasceu em 1789 ou 1793 em West Spingfield. Massachusetts e viveu em Randolph, no Vermont. Trabalhou  duro puxando, arado, carregando madeira e limpando florestas para plantação. Tomou parte em inúmeras competições de velocidade e tracção e nunca foi vencido. Todos os Morgans descendem dele. Sua própria origem é ainda objecto de discussão. São três as teorias principais: seria filho de um Thoroughbred, Tru Briton; de um Frísio importado; ou de um Welsh Gob, o que não é impossível.
Características: O Morgan foi deliberadamente condicionado para exibir uma andadura elevada, pomposa. Mas se os cascos são aparados de modo normal, o cavalo se move livremente no quadro das andaduras tradicionais sem levantar indevidamente os jarretes. A raça é resistente, tem grande exuberância e vigor excepcional. Mais refinado na aparência que o arquétipo antigo, mas parrudo também, o Morgan moderno é fogoso, mas inteligente e fácil de adestrar.
Influências: Árabe: contribuição possível mas não documentada. Thoroughbred: O sangue thoroughbred pode ter tido papel significativo nos primeiros tempos.
Altura: Entre 1,47 e 1,57m.
Cores: Todas, excepto Tordilho 
Usos: Sela, Tiro

HUNTER (Caçador)


O ‘Caçador’ é um tipo de cavalo peculiar à Inglaterra e à Irlanda. Não constitui, a rigor, uma raça, tendo em conta que lhe faltam características comuns fixas e ele pode variar segundo as exigências do país em que é montado. Num país de prados e cercas vivas – como as famosas hedges da Grã-Bretanha, algumas com milhares de anos -, um cavalo do tipo do Thoroughbred é que seria de desejar. Quando a velocidade não é requisito essencial, um cavalo mestiço confiável e sensível, bom saltador, é mais apropriado.
Criação: Os melhores cavalos de caça são os criados na Inglaterra e na Irlanda, onde esse desporto faz parte da vida rural há séculos. Cavalos de caça irlandeses e ingleses são, em geral, produto do cruzamento de Irish Draughts com Thoroughbreds. Muitos têm também sangue pónei, alguns de Cleveland Bay, outros, até, de cavalos de tracção pesada. Seja qual for a mistura, os melhores caçadores têm sempre uma boa proporção de sangue de  Thoroughbred para lhes dar coragem, velocidade e aptidões atléticas.
Características: Um cavalo de caça deve ser bem proporcionado, saudável e dono de todos os atributos de conformação de um bom cavalo de montaria. Deve ser equilibrado razoavelmente rápido e audaz o bastante para enfrentar qualquer espécie de obstáculo nas condições da sua função. Deve ser calmo, ter boas maneiras e constituição robusta.
Influências: Thoroughbred: Liberdade de acção de arrojo. Irish Draught: Ossatura (bone), substância e sensibilidade. Cleveland Bay: Bone, porte, aptidão para o salto.
Altura: Entre 1,62 e 1,67m.
Cores: Todas, Inclusive compostas 
Usos: Sela  

segunda-feira, 24 de Janeiro de 2011

FALABELLA


As causas naturais de pequenas estatura em equinos são de ordem ambiental: severas condições climáticas combinadas com escassez de alimento. É possível, no entanto, obter cavalos miniaturas ou de grande porte. Os de pequeno porte têm sido criados pelo homem através da história, às vezes como animais de estimação, outras simplesmente para satisfazer a curiosidade. O melhor exemplo disso é o Falabella, considerando um cavalo miniatura e não um pónei, pelas suas proporções e pelo seu caracter.
Criação: Tira o seu nome da família Falabella, responsável pela evolução da raça no rancho Recreio de Roça, nas imediações de Buenos Aires, Argentina. Cruzaram-se os mais pequenos Shetland disponíveis com um PSI de porte reduzido; e a partir dessa primeira operação, praticou-se a endogamia, sempre com os menores exemplares obtidos por cruzamentos selectivo. O alvo perseguido era um espécime equino quase perfeito, mas miniatura. Acontece, que um processo desses pode resultar em defeitos de formação e uma indesejável perda de vigor. Diz-se que os Falabellas são bons para o tiro mas não como montaria. Um dos menores exemplares conhecidos foi a égua chamada Sugar Dumpling, de Smith McCoy, de Roderfield, Virgínia, Estados Unidos. Media 51cm de altura e pesava 13,6kg.
Características: Defeitos de formação como jarretes fracos, membros tortos e cabeças pesadas são comuns em qualquer raça miniatura. E, no entanto, os melhores exemplares de Falabella ostentam muitas das qualidades de um bom Shetland . como animais de estimação, eles mostram-se afectuosos e inteligentes. A sua pelagem pode apresentar atraentes padrões, inclusive pintados.
Influências: Shetlands: A base foram os Shetlands, cruzados com pequenos PSI.
Altura: Até 60cm. 
Cores: Todas, inclusive combinadas.
Usos: Inovadores.

CRIOULO


Embora seja cavalo nativo da Republica Argentina, o Crioulo pode ser encontrado sobre formas ligeiramente diferentes e uma grande variedade de nomes, em todo o continente Sul Americano. No Brasil, por exemplo, é o ‘Crioulo Brasileiro’. Na Argentina, o Crioulo é a montaria indispensável do gaúcho, o cowboy dos pampas, e teve importante papel no surgimento do famoso Polopony dos país.
Criação: O Crioulo e descendente direito do cavalo espanhol trazido pelos descobridores do século XVI. Esses cavalos tinham sangue berbere. As primeiras importações de vulto para o vice-reinado do Prata foram feitas em 1535 por D. Pedro Mendoza, o fundador de Buenos Aires. Mais tarde, quando a cidade foi saqueada pelos índios, esses cavalos  espalharam-se por vastas áreas do campo e procriarão livremente – dai a disseminação.
Características: o Crioullo é um dos cavalos mais fortes e mais saudáveis que existe, um atributo à sua ascendência espanhola. É capaz de viver em condições de extremo calor o frio com  mínimo de alimentação, tem incrível resistência e é famoso pela longevidade.
Influencias: Espanhol: Contribui para a excepcional força e resistência da raça.
Altura: Entre 1,42 e 1,52m.
Cores: Castanho, Baio  
Usos: Sela

BERBERE




O Berbere perde apenas para o Árabe como um dos fundadores da população equina no globo. O cavalo Espanhol, dele derivado, serviu de base às principais raças europeias e a muitas das americanas. O Berbere desempenhou também papel na evolução do Thoroughbred inglês (PSI).
Criação: A raça é originária de Marrocos, na África do norte. Crê-se que se tenha formado de cavalos selvagens sobreviventes da era glacial. Se isso for exacto, o Berbere é tão antigo quanto o Árabe. Num qualquer momento da evolução, terá recebido uma infusão de sangue Árabe, mas  a sua conformação nada deve ao ideal Árabe – o que indica a existência de um gene poderoso, maciçamente dominante. Nos últimos anos tem havido um grande refinamento do Berbere tradicional – montaria suprema dos cavaleiros Berberes que tiveram parte tão saliente nas conquistas muçulmanas na Idade Média. Embora não haja respostas definitiva à controversa questão da origem do cavalo Berbere, é pacífico existirem diferenças fundamentais entre o Berbere e o Árabe.
Características: O Berbere não impressiona à primeira vista: tem a garupa caída, a cauda de implantação muito baixa, e uma cabeça sem nada de especial, com formação craniana que se assemelha a dos cavalos primitivos. O perfil é recto, e o chanfro às vezes, romano. Não obstante, a resistência e o vigor do Berbere são ilimitados, indicando uma disposição à toda prova. É um cavalo de excepcional agilidade, capaz de cobrir com grande velocidade distancias curtas.
Altura: Cerca 1,50m.
Cores: Tordilho, Castanho, Alazão  
Usos: Sela